Napoleón Gómez Urrutia|
‘Indústria 4.0’, nome que se deu para a 4ª Revolução Industrial, tem o potencial de transformar o mundo como o conhecemos atualmente.
A indústria da transformação está experimentando uma revolução da tecnologia e a digitalização da produção. Os riscos da redução da força de trabalho devido à robótica avançada e a substituição dos trabalhadores são óbvios, e mais ainda nos países mais pobres, que ainda não foram beneficiados pelo crescimento do emprego nas atividades industriais.
Durante as reuniões posteriores ao Segundo Congresso da Industria ALL Global Union, foram tomadas diversas decisões política para estabelecer uma estratégia global para enfrentar esses importantes e novos desafios. Embora essas transcendentais mudanças possam trazer grandes benefícios para o setor do trabalho, as comunidades e as sociedades com melhores níveis de vida não aceitarão essa transformação sem os necessários programas de uma transição justa para os trabalhadores afetados.
A “Indústria 4.0”, nome que se deu para a 4ª Revolução Industrial, tem o potencial de transformar o mundo como o conhecemos atualmente. Nesta nova etapa de modernização global é fundamental estabelecer simultaneamente uma política diferente de justiça social.
A produção de manufaturas no mundo vem se mantendo em um estado de constantes mudanças tecnológicas desde o final do Século XIX. O importante é que esses processos de digitalização avançada e de outros aspectos que formam parte da 4ª Revolução Industrial são amplamente discutidos pelas empresas e pelos governos, como uma muito significativa transformação da atividade manufatureira. Os instrumentos para continuar avançando neste meio vão desde o apoio aos clientes com uma rede de Internet adequada, até o serviço indireto aos provedores e à robótica avançada na própria indústria de fabricação de maquinária e equipamentos.
Na atualidade, existe uma iniciativa promovida pela maior organização sindical do mundo, a IndustriALL Global Union, da qual os mineiros do México somos parte do comitê executivo internacional, que estabelece quais mudanças tecnológicas devem cuidar e proteger, além de capacitar os trabalhadores para que possam viver com maior justiça social. Hoje, 28 países se aliaram a esta proposta, os quais representam 75% do produto bruto global e aproximadamente 85% da produção industrial.
O alto nível de digitalização e de integração que existe atualmente conduz à elaboração de um plano de preparação intensa nesta matéria para os próximos anos. Dos 33% de robotização dos países que existem atualmente a nível global, poderíamos passar a 39% no próximo ano, e a 72% nos cinco anos seguintes. Dentro dessa escala, o México se encontra em um nível próximo à metade, e com uma tendência acelerada a crescer, especialmente em alguns setores da indústria, como a automotriz, a linha branca, a mineração e outras mais que têm uma elevada participação no mesmo processo modernizador da nova tecnologia.
Para as empresas, o sucesso da digitalização representará durante o mesmo período um lucro adicional de 2,7% por ano e uma redução nos custos de 3,2% anual. Obviamente, as consequências da Indústria 4.0 dependerão de vários indicadores. Ela também afetará muitas regiões de forma desigual. Em algumas zonas, o efeito mais provável é o aumento das desigualdades existentes dentro dos países, e também entre os continentes. Segundo um estudo da Universidade de Oxford, 47% dos trabalhadores da América do Norte estão sob alto risco de perderem seus empregos e serem substituídos pelos avanços da tecnologia. No caso dos países em desenvolvimento, segundo o Banco Mundial, dois terços de todos os empregos são suscetíveis à automatização e à inteligência artificial.
O impacto potencial da Indústria 4.0 nos mercados de trabalho será dramático se não se efetuam uma série de mudanças e se cumprem certas condições, como a de contar com um programa efetivo de capacitação, educação e treinamento. As mudanças devem ser não só para os trabalhadores mas também para os governos e as sociedades, que desde já enfrentam a escassez de mão de obra qualificada.
O México não pode fugir dessa realidade, e o novo governo da República terá que enfrentar os desafios da modernização, a automatização e os avanços tecnológico que se não forem controlados adequadamente, aumentarão as condições de desigualdade e de exploração do trabalho.
Napoleón Gómez Urrutia é economista mexicano, naturalizado canadense, foi secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Mineiros Metalúrgicos e Similares da República Mexicana
–-EN ESPAÑOL
México frente a la Cuarta Revolución Industrial
Napoleón Gómez Urrutia| La industria de la transformación está experimentando una revolución de la tecnología y la digitalización de la producción. Los riesgos de la reducción de la fuerza de trabajo debidos a la robótica avanzada y la sustitución de los trabajadores son obvios, y más aún en los países más pobres que todavía no se han beneficiado del crecimiento del empleo en las actividades industriales.
Durante las reuniones posteriores al Segundo Congreso de IndustriALL Global Union se tomaron diversas decisiones de política para establecer una estrategia global frente a estos importantes y nuevos retos. Aunque estos trascendentales cambios podrían traer grandes beneficios para el sector laboral, las comunidades y las sociedades con mejores niveles de vida, esta transformación no será aceptada sin los necesarios programas de una transición justa para los trabajadores afectados.
La Industria 4.0, nombre que se ha dado a la Cuarta Revolución Industrial, tiene el potencial de transformar al mundo de como lo conocemos actualmente. En esta nueva etapa de modernización global es fundamental establecer simultáneamente una política diferente de justicia social.
La producción de manufacturas en el mundo se ha mantenido en un estado de constantes cambios tecnológicos desde finales del siglo diecinueve. Lo importante es que esos procesos de digitalización avanzada y de otros aspectos que forman parte de la Cuarta Revolución Industrial, o Industria 4.0, han sido discutidos ampliamente por las empresas y los gobiernos como una muy significante transformación de la actividad manufacturera. Los instrumentos para continuar avanzando en este medio van desde apoyar a los clientes con una red de Internet adecuada, hasta el servicio indirecto a los proveedores y la robótica avanzada en la propia industria de fabricación de maquinaria y equipo.
En la actualidad existe una iniciativa promovida por la organización sindical más grande del mundo, IndustriALL Global Union, de la cual los mineros de México somos parte del comité ejecutivo internacional, por medio de la cual se establece que los cambios tecnológicos deben cuidar y proteger, además de capacitar, a los trabajadores para que puedan vivir con mayor justicia social. Hoy, 28 países se han sumado a esta propuesta, los cuales representan 75% del producto bruto global y aproximadamente 85% de la producción industrial.
El alto nivel de digitalización y de integración que existe actualmente conduce a elaborar un plan de preparación intensa en esta materia para los próximos años. De 33% de robotización de los países que existe actualmente a nivel global, podría pasar a 39% el año próximo y a 72% en los siguientes cinco años. Dentro de esa escala, México se encuentra en un nivel cercano a la mitad y con una tendencia acelerada a crecer, especialmente en algunos sectores de la industria, como la automotriz, la línea blanca, la minería y otras más que tienen una elevada participación en el mismo proceso modernizador de la nueva tecnología.
Para las empresas, el éxito de la digitalización representará durante el mismo período un ingreso económico adicional de 2.7% por año y una reducción en los costos de 3.2% anual. Por supuesto que las consecuencias de la Industria 4.0 dependerán de varios indicadores. También afectará a muchas regiones en forma desigual, e incluso en algunas zonas va a reforzar las desigualdades existentes dentro de los países y también entre los continentes. Según un estudio de la Universidad de Oxford, 47% de los trabajadores en Norteamérica están en un alto riesgo de perder sus empleos y ser remplazados por los avances de la tecnología. En el caso de los países en desarrollo, según el Banco Mundial, dos terceras partes de todos los empleos son más susceptibles a la automatización y a la inteligencia artificial.
El impacto potencial de la Industria 4.0 en los mercados laborales será dramático si no se efectúan una serie de cambios y se cumplen ciertas condiciones, como el contar con un programa efectivo de capacitación, educación y entrenamiento. Los cambios que se requieren no son sólo para los trabajadores, sino también para los gobiernos y las sociedades que desde ahora ya enfrentan escasez de mano de obra calificada.
México no puede escapar a esta realidad y el nuevo gobierno de la República tendrá que enfrentar los retos de la modernización, la automatización y el cambio tecnológico, que si no se controlan adecuadamente, agudizarán las condiciones de desigualdad y de explotación laboral.
*Economista mexicano, naturalizado canadiense. Ha sido secretario General del Sindicato Nacional de Trabajadores Mineros Metalúrgicos y Similares de la República Mexicana desde el 2002.